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Viola Beiroa
Viola Beiroa

Viola Beiroa

Formação de Viola Beiroa na Associação Cultural e Recreativa “As Palmeiras” Segundas-Feiras das 20 e 30 às 22 e 30. (formador – Alísio Saraiva)

O segredo está na afinação

Alísio Saraiva toca e é formador de viola beiroa. Recorda que, em 1994, altura em que começou a fazer pesquisa e recolha nesta área, no âmbito do projecto Vida, foi apoiada uma candidatura que levou a que a Secretaria de estado da cultura oferecesse à Associação Rancho Folclórico do Retaxo duas destas violas, tendo deste trabalho resultado a criação do grupo (entretanto extinto) “Sons da Beira”. Mas foi também Alísio Saraiva que estudou a afinação que é usada e a que tem melhor sonoridade, em “Mi, Ré, Lá, Mi, Si, Ré”, ao contrário da “Ré, Si, Sol, Ré, Lá, Ré” que se julgava ser a correcta. “ Além do enriquecimento sonoro, ficámos com uma maior simplicidade na formação de acordes, sendo os mesmos de mais fácil realização, Desta forma pode ser feita melodia e harmonia em simultâneo, utilizando a técnica de Manuel Moreira”, natural de Penha Garcia e considerado o último tocador de viola beiroa. Esta é a afinação usada na Associação As Palmeiras, “onde se pratica e ensina a tocar viola por este método”. Alísio Saraiva recorda ainda que “a viola beiroa, também conhecida como viola de Castelo Branco, foi muito importante na cidade e região, onde há 100 anos era muito usada em bailes, serenatas, descantes, cantos à desgarrada e festas religiosas”, dada a sua versatilidade de utilização, pois a sua sonoridade permite tocar, tal como o mestre Saraiva demonstrou ao Reconquista, desde o fado de Coimbra, ao fado tradicional, o das desgarradas, á música clássica e até Pink floyd. Dá para tocar tudo com esta guitarra portuguesa, mas que é beiroa concerteza.

Texto retirado do Jornal Reconquista, 28 de Outubro de 2010.



 
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